segunda-feira, 4 de março de 1974

S. Martnh d Anta, 22 d Dzbr d 1975

Portugal transformado n1 paradoxo: ou axombrado p alfeias mortas, as silvas a aprtar n1 abraço maninho pards ncardidas k crcaram calor humano, ou mbandeirado d moradias exóticas k parcm alucinações do arco-iris. A avalanx emigratória, transplando brutalmnt pr as grands mtrópols europieas populações inteiras k nc tinham saído do seu agro, foi catastrófica pr o ekilibrio corográfico do país. enkuanto vivíamos isolados ou frekuentavamos trras virgns ond construíamos à nossa imagm e smlhança, a própria paisagm nos comandava o sntido sttico, a feição urbana. Havia 1a exigncia do natural k n prmitia dsmandos ao critrio. E, sm trmos 1a art rural surprndt, tínhamos a graça do simpls, do ingénuo, do autntico. D rpnt, começamos a invadir maciçamnt o mundo citadino. E, cm nos faltava casticismo, segurança anímica, imunidd cultural, n rsistimos ao mbat ficámos baralhados nos sntimntos, no gosto, na snsibilidd. Dgradados na própria inocncia, somos hoj um mostruário d tintas e a vrgonha dos olhos.
[p 141-142] [MAN]

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