segunda-feira, 2 de julho de 1973

Cbr, 15 d Maio d 1977

sta visto: vou acabar msm axim, dssprado. Sp cuidei k 1 dia toda sta angustia tivss 1 lnitivo kk, ms nganei-m. Plo contrario. A mdida k o tmpo paxa, + agónicas são as horas. A sude piora, a pátria dsintgra-s, a solidão aumnta. O k, d rsto, era d sprar. 1 corpo doent dsd crianças, dava pcs garantias d 1a vlhic scorreita; 1a pátria rpartida plo mundo, meio sec a cmainhar obstinadmnt ao arrpio da clarividncia, stava ncssriamnt condnada a dsgrgaçao; qt ao isolamnto, n há afcto k s compadça d 1a timidz existncial cd vz + arisca. O poeta é um trambolho social. Nm platão o kria na rpublica dl. 1 livro d vrsos fcha-s qd nos nfastia ou atormnta. Ms o sujeito k o scrveu? A pxoa concrta, singular, insólita, stranha msm qd o n kr sr, irrdutivl a 1 dnominador comum? K fazr dla? Ignora-la, é impossivl; suprimi-la tb. O crto é k td s conjugou pr k eu xgass ao fim da existncia nsta dsolaçao humana. E o + trágico é k fui sp 1a criatura d sprnça. Confiei na naturza, confiei na sociedd, confiei nos amigos. Vivi a vida inteira à spra d milagrs k nc acontcrm. E vjo agora, n1a lucidz cruciant, k já n podm acontcr.
[p 185-186] [MAN]

Sem comentários:

Enviar um comentário