sábado, 13 de outubro de 1973

Cbr, 8 d Fvr d 1977

Nc a tinha sntido tão viva cm hoj, sta algria da criação! Tvz pk stou a ficar vlho e sei objctivamnt k dou os drradeiros frutos do poeta.
Foi durant a noit k scrvi o poema. Acordei inkieto, strmunhado, fikei n1a sonolncia lúcida e, aos borbotões, os vrsos, na imprvisibilidd do minrio arrancado às trvas da mina, comçaram a surgir à tona do silnciom algns já strmados, puros, outros, ainda agarrados ao cascalho. Dp, a razão clarificadora acudiu à inspiração tumultosa, britou, peneirou, lavou, ordnou, e as ppitas ficaram articuladas d tal maneira k acabaram p formar 1 td coeso, harmonioso e autónomo. 1 txt na sua plnitud exitncial, inxpugnvl cm 1 dia d sol. Xcitado pla evidncia do milagr, k eu próprio mal podia comprndr, n consgui + pgar sono. Pus-m a rcitar cd strof, 1º n1a spcie d trror sagrado, a xprmntar a sgurança do ritmo, a vrificar a vrdd das rimas, a avaliar a flagrancia das imagns. P fim, confiando, a abaná-las rijamnt, e a conclui, dsvancido, k tinham as raizs sguras. E axim tnho passado o dia c elas no ouvido, n1a axaltaçao scrta, stranhamnt optimista, mnos vulnravl aos mpurroes da multidão, fliz sm o dar a ntndr. É um rgozijo íntimo, fundo, cm s m ncontrass bafjado p 1a graça particular k n tivss mrcido, nm pdido, nm rcbido d ng.
[p 171-173] [MAN]

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