quinta-feira, 10 de abril de 2008

Luanda, 19 d Maio d 1973

scrvo diant da msma paisagm feia pr k abri os olhos d manhãzinha e k parc abafar cm eu. Paisagm sca, pulvrugnta, ardida, d vgtaçao prcaria e rasteira, k algumas cabras famlicas dpnam e algumas prsnças arbóreas tntam em vão ergr: embondeiros disforms, edmaciados, monstruosos; mangueiras sombrias, spssas, maciças; mamoeiros sgrouviados, sintticos, d tsticulos ao pscoço. N1a aplicação sforçada, tnto comprndr st xao em si msm, spcificamnt ms os sntidos rfilam, insguros fora dos seus padrões habituais – transmontanos, alntjanos ou beirões. E, p + k n keira, sinto-m nl intruso, rjeitado, xcluido, c a imprssao incomoda d k, s morrss aki, sria + facilmnt comido p 2 abutrs k m spreitam da ponta d 1 galho sco do k pla trra da spultura.

Em mangas d camisa, fui há pc visitar a cidd. E o largo passeio pla urb aprssada, nfatica, lviana, aprtada n1m cinturão d mucqs, agoirnto anl d Saturno, n m dsanuviou a alma. Plo contrario. Qd rgrssei a casa, trazia 2 mtropols nos olhos doridos: 1a, arrogant, rtorica, d papelão, a ngar o prto; outra, calada, tntacular, eczmatosa, a ngar o branco. 1a k parc 1 dlirio fbril d sitiados; outra 1 acampamnto sorna d sitiants.
[p 12-13] [MAN]

Sem comentários:

Enviar um comentário